A sessão foi interrompida duas vezes para o coachee usar o celular e, resolver problemas que não poderiam ser resolvidos em outro momento, pelo menos, segundo sua percepção. Por outro lado, como coach não poderia deixar passar esta autopercepção que o coachee poderia ter, então questionei: Mas, se a sessão que deveria ser o seu momento é “boicotada” e desrespeitada por você mesmo, como poderia ter disciplina para resolver seus próprios problemas? É assim que lidamos com nós mesmos, boa parte das vezes: preferimos atender o que o outro quer ou imagina querer e, sem perceber, negamos o que queremos, realmente. Você sabe o que quer? Têm certeza? Está esperando o quê para assumir uma atitude e postura em benefício de seu bem estar? Em prol de sua felicidade?
Felicidade, isto mesmo, algo que reprimimos como criança e deixamos passar a janela de oportunidade para aprender, refinar nossa brutalidade, desenvolver nossa primitividade. Para educar sua felicidade é preciso ser “tarado” pela vida, assim, como quem acorda pela manhã, posiciona-se à borda da cama ou simplesmente, deixa as pernas apoiarem-se no chão, ficando sentado à rede, olhar em direção ao seu objetivo, levantar e ir. Parece algo que você consegue fazer? Sim? Viva como se estivesse morrendo o tempo todo, com a energia de uma “fênix”, como fogo que queima para transformar a matéria em ar, terra, água e elementos menores fisicamente e quimicamente “falando”, mas, tão importantes como, pois, são eles que detalham a lógica e o sentido de sua decisão. Sua escolha não pode ser fragilizada pela culpa de não ser aceito e de não se frustrar.
A expectativa que levantamos sobre o mundo e as pessoas que estão a nossa volta, deve ser flexível a ponto de deixar atravessar o nosso, o seu querer e não refratar a sensibilidade, a ponto de desestabilizar sua emoção, considerando que quando isto ocorre, entramos no território perigoso de algum tipo de “psicopatia”. Negar-se a sofrer para ser aceito pelo outro é igual levantar uma expectativa de 100% de certeza, qualquer coisa a baixo deste ponto máximo, será frustrante para você, assim, quando é recusado se coloca fácil no lugar de vítima… somos assim mesmo, inteligentes o suficiente para testar nossa própria habilidade se superar nossa habilidade de autopercepção e domínio pessoal. O indivíduo domina mentalmente seu papel, em qualquer situação, momento, grupo, família, estado, nação. Somos assim, responsável pela nossa escolha, mas, perturbados pela autoexigência da culpa.